Hoje...

Hoje... Hoje, gostava de voltar atrás no tempo, gostava de voltar a ser criança (saudades!). De ser feliz com o pouco que tinha, feliz por estar simplesmente a fazer a coisa mais inocente: brincar! Hoje, gostava de viver num mundo de fantasia, onde até a coisa mais mínima seria perfeita e lá gostava de permanecer. Viver sem nenhuma das preocupações e responsabilidades que, hoje em dia, vejo-me a enfrentar constantemente. Hoje, gostava de ser um pássaro. Ter asas, ser livre e poder voar. O destino em si não interessava, o sentimento de liberdade, por si só, já era um verdadeiro sonho conquistado. Mas este meu pássaro que tenho dentro de mim, eu...Eu sou um pássaro sem asas.

Tremenda saudade

Tremenda saudade, esta que sinto. Tão tremenda que vibra comigo duma maneira inexplicável e um tanto ao quanto assustadora. Às vezes parece q salta do peito, enquanto cai pela minha face em forma de lágrimas. Lágrimas estas que, para além de saudade, carregam dor, querer e um enorme vazio.

Sempre pensei que ao libertar as lágrimas de dentro de mim, me fizesse sentir melhor, fizesse o sentimento de vazio desaparecer ou, pelo menos, o tornasse mais pequeno e mais difícil de se sentir. Mas, não, as lágrimas caem mas todos os sentimentos que estão cá dentro que fazem elas cair, não vão a lado nenhum sem ser permanecerem no local exacto onde estão.

Por isso, a dor permanece e vai comigo por onde quer que vá, como se sempre estivesse sol e eu sempre tivesse uma nuvem chuvosa a me acompanhar. Dói ainda mais, saber que não consigo despedir-me dela e mandá-la embora. Como se fosse assim tão fácil.