6 de março de 2009

Qualquer coisa

Há coisas explicáveis mas tão inexplicáveis ao mesmo tempo. Coisas que tanto percebemos como desconhecemos. Coisas. Pessoas. Sentimentos. Este sentimento que por ti sinto, tanto parece apenas desejo, como parece ser querer-te a tempo inteiro. Quando existe distância entre nós é saudade, quando estamos juntos é querer nunca mais largar-te. Se há descrição, eu não a conheço. É bom acordar ao teu lado. É bom acordar durante a noite e sentir o teu corpo junto ao meu. Até é bom acordar com o teu mau humor insuportável. Gostava de perceber o que todos os teus gestos e toques querem dizer. Gostava de perceber tudo o que sentes e escondes, tudo o que pensas e não dizes. Porque tudo, neste momento, não me faz sentido. Tudo parece tão louco e tão perfeito. Tudo parece tão previsível e tão comum. Tudo me parece estranho. Desconhecido. [Totó?] Porque quando vais, desejava te poder ter comigo mais uns minutos, segundos. Qualquer coisa. E quando estás longe, desejava ter-te aqui, ao pé de mim. Qualquer coisa. Porque qualquer coisa, vinda de ti, faz-me querer sorrir, ficar satisfeita por momentos te ter tido por perto. Por te ter tido. Se dependesse de mim, tinha-te sempre, para sempre. Porque, a verdade, é que acordaste de novo o meu coração, deste-lhe força para desabotoar os olhos e para desabrochar a boca e sorrir. E se lhe deste motivos para chorar, não foram lágrimas de sofrimento, mas sim de alegria. Contigo tenho vivido momentos de alegria. Preenches-me. De uma maneira estranha que nunca antes tinha conhecido. Mas, sim. Preenches-me. Com a tua estranha maneira de ser, com o teu mau humor e a tua insensatez. Gosto. Gosto das nossas brincadeiras. Gosto de estarmos sempre a implicar um com o outro como se fossemos putos do ciclo. Gosto. Gosto de estar contigo e de repente sentir um beijo teu na minha bochecha. Gosto quando me abraças. Gosto quando me fazes cócegas e fazes-me gargalhar que nem uma louca. Gosto. E de tanto gostar de tanta coisa em ti, suponho que goste de ti. O que sinto, não sei. Não parece concreto, real. Mas que não não gosto de ti, é verdade. Mexes comigo duma forma que até chega a me irritar, por vezes. Uma irritação que me faz querer mais de ti do que o que me dás. Insatisfeita? Ou não. Ninguém te mandou entrares na minha vida e fazer dela um sítio mais bonito para habitar. I’d like to understand everything you feel and hide, everything you think and don’t say. "Longe de ti, já não posso viver assim..." [texto um bocado velho, mas...]

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