7 de março de 2009

Será?

Sinto. Sinto um tudo que é nada e um nada que é tudo. Sinto-me vazia de tão preenchida estar. Sinto mil e uma coisas e não sinto nada. Sinto isto. Sinto aquilo. Aquilo e mais alguma coisa. Mas na verdade, o que é que eu sinto? Sinto-te mais distante, mais frio. Sinto-te menos carinhoso, menos atencioso. Menos tudo. Mais tudo. Ou mais nada. Será que o amor se foi? Será que a vontade se foi? Será que tudo se foi? Ou será que tudo ficou? Tudo muda, é verdade. E nós não somos os mesmos que éramos. Mas, digo eu, é normal. Todos mudamos. Tudo muda. Os sentimentos, as razões, as motivações. Os próprios dias mudam. O dia fica noite e a noite fica dia. Agora, porque é que mudámos? Porque a terra gira? Porque o dia fica noite e a noite fica dia? Se um sentimento era tão forte que quase impossível se tornou de suportar, como pode ter mudado de um dia para o outro? Por causa de sofrimento? Por causa da insuficiência de demonstração dos devidos sentimentos? Ou da demonstração menos correcta dos mesmos? Questiono-me. Penso. Volto a questionar-me e volto a pensar. Mas nada me ocorre. Nada me faz sentido de tanto sentido que possa ter. Penso várias vezes se a culpa terá sido minha. Se terei errado em algum aspecto. Se te terei feito sofrer de alguma maneira. Se…Se… Se estraguei tudo. Não sou de pôr a culpa por inteira em cima dos meus próprios ombros mas esta situação em que estamos, deixa-me tão amarga que me faz pensar se serei mesmo a culpada de tudo isto. Ao menos se tivesse a certeza que era, poderia tentar fazer com que voltássemos ao que éramos. Tentar. Tudo o que quero é tentar. Apostar. Apostar em nós, no nosso amor, na nossa relação. Mas como? Se estás tão longe e pareces não querer ficar mais perto? Nada te impede. Nada nos impede. Basta ambos querermos o mesmo. Será que tu não queres o mesmo que eu?
"Queria ter-te aqui, queria estar perto de ti..."

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